Páginas

segunda-feira, 13 de maio de 2019

A seletividade no despertar militante do corte de verbas nas universidades federais e o governo Bolsonaro.

A frequente balbúrdia alardeada nos corredores das Universidades e Institutos Federais (UF's e IF's) pelo país, midiatizada pela perspectiva de luto na educação, devido ao uso economicamente responsável dos recursos públicos nessas esferas educacionais com o contingenciamento orçamentário, faz parecer para qualquer desavisado, que o país nunca conviveu com cortes sensíveis na educação em governos anteriores, não pelos mesmos motivos, mas, por pura falta de responsabilidade com os recursos dos contribuintes brasileiros. 

Para se ter uma leve ideia, já no apagar das luzes do governo dilmista, cerca de 10,5 bilhões de reais, simplesmente foram arrancados da educação, afetando sensivelmente programas como o Mais Educação, o Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), as bolsas de programas de iniciação à docência e de alfabetização, o Financiamento Estudantil (Fies), o Pronatec e entre outros programas.

Nesse mesmo período, o Brasil vivia em crise econômica e política, mas, alinhado a um governo ideologicamente alicerçado em uma bandeira de esquerda, as entidades de classe, em sua grande maioria, estavam mais preocupadas em "sustentar" nas cordas um governo que a muito havia virado as costas para os trabalhadores, professores e estudantes da "ex-pátria educadora", que assistia passiva e pacificamente o desmantelo do investimento na educação básica e universitária no país.

Vale ressaltar que os primeiros anos do governo lula/petista, vivemos um grande crescimento na "interiorização" das UF's e IF's, atualmente, no entanto, são descobertas as dezenas, denúncias de apropriação de recursos públicos  por parte de reitores e diretores dessas instituições.

Pelo bom uso da consciência, a verdade deve ser falada e preservada, os valores contingenciados pelo governo federal das universidades e institutos federais, representam apenas 3,4% do orçamento geral dessas instituições que segundo o MEC, para o exercício fiscal de 2019, totaliza aproximadamente cerca de R$ 49,6 bilhões.

A seletividade de algumas instituições e de professores, que se utilizam da audiência cativa de "seus alunos"  para inculturar  neles uma pseudo consciência de serem, uma maltrapilha "resistência", sem contudo, prover-los  de uma consciência crítica de verdade ou pelo menos, de uma leitura detalhista das propostas do governo federal, na qual eles, já odiosamente se manifestavam contrários, antes mesmo da eleição e posse.

Por fim, gostaria de saber dos mestres e doutores das universidades federais, sobre a aplicação de suas pesquisas e projetos financiados pelo dinheiro dos contribuintes e o que de fato trouxeram de contribuição para as universidades e para a comunidade que os cercam, pois, em cinco anos de curso em uma Universidade Federal, eu nada vi!

2 comentários: